segunda-feira, 6 de setembro de 2010

OS TRINTA ANOS SÃO OS “NOVOS” VINTE ANOS...


Li essa frase em algum lugar, e de certa forma concordo.

Explico.

È fácil entender o significado dessa frase quando nos deparamos com as diferenças entre as gerações de ontem e hoje. Pessoas que tinham seus trinta anos, duas ou três décadas atrás, tinham expectativas e papéis bem diferentes das pessoas que hoje estão vivenciando essa idade maravilhosa. Hoje a vida é muito mais dinâmica, mais acelerada, mais cheia de opções, seja na vida pessoal quanto na vida profissional, que as pessoas de trinta e poucos anos estão aparentando, tanto fisicamente quando emocionalmente, terem menos idade. É a conhecida geração de “ADULTOLESCENTES”.

Claro que, como em todos os aspectos da vida, existe o lado positivo e o negativo.

Vou começar comentando o lado negativo.

Bem, é cada vez mais comum vermos que muitos adultos nessa faixa etária ainda não deixaram o ninho familiar. Não que morar com os pais seja algo negativo ou que seja um estigma, pois muitas vezes a situação sócio-econômica limita o lançamento ao “vôo solo”, mas que muitas pessoas acabam se acomodando nessa situação e a partir daí não criam oportunidades para uma independência emocional e conseqüentemente não amadurecem devidamente para assim tomarem decisões importantes em suas vidas, como por exemplo, formarem suas próprias famílias.

Bem, mas vamos ao melhor aspecto, o POSITIVO.

Claro que vou enfatizar o lado feminino, pois nós mulheres de trinta somos e temos muito orgulho em sermos resultado de esforços durante gerações de mulheres, em defendermos nossos direitos e nosso bem estar.

Hoje a mulher de trinta é livre. È claro que nada veio de graça. O preço foi alto e ainda o estamos pagando, mas muitas vezes valeu a pena.
Claro que termos vários papéis na sociedade não é nada fácil, pois ser uma bem sucedida profissional, mãe, amiga, amante, amada e ainda administrar saúde, educação e moradia, podem prejudicar nossa beleza.

Mas a nossa beleza... ah, a nossa beleza !

Essa beleza que vem de dentro, pois nós mulheres de trinta estamos sempre buscando o melhor de nós, nossa espiritualidade, nossa independência emocional, nossa força interna, e isso tudo reflete e aumenta nossa beleza externa que, claro, sempre conta com a ajudinha da indústria cosmética, afinal os cuidados devem ser de dentro para fora, em proporções equilibradas.

Posso afirmar por experiência própria e por estar cercada por várias mulheres na mesma faixa etária que, nos sentimos com nossos vinte anos, claro, com mais maturidade, mas ainda assim com muita coisa a ser aprendida e descoberta.

Recentemente fui ao teatro com uma amiga, também de trinta e poucos anos, assistir a uma peça que aborda no título esse assunto. Mas confesso que quase em nenhum momento me identifiquei ou mesmo identifiquei alguma das várias amigas e mulheres dessa faixa, com as quais convivo. Sinceramente, as personagens descritas mais pareciam mulheres de 40...não que muitas mulheres de quarenta não tenham sua beleza e jovialidade, mas o que foi retratado não condiz totalmente com a realidade na qual vivo. Realidade de mulheres que mesmo casadas e com mil coisas para fazer e administrar, ainda encontram tempo para irem a academia, cuidarem de seus corpos e mentes. Mulheres, que mesmo solteiras, ainda sonham em encontrar um parceiro para a vida, ou mesmo, apenas um parceiro nos negócios para deslancharem de uma vez por todas suas vidas profissionais. Mulheres que chamam atenção pelos seus conteúdos acadêmicos, espirituais, culturais e porque não “físicos”,hehehe.

Bem, então é com grande prazer que termino esse texto dizendo que não importa a idade cronológica, mas a idade interna, pois muitas vezes, mesmo que a vida apenas nos dê limões, nada de fazer caretas, elas provocam rugas, hehehe, mas que tal preparar uma limonada “diet” ou quem sabe até mesmo uma caipirinha bem refrescante para aqueles dias em que bate a “crise dos trinta”, e olhar no espelho e relaxar apreciando sua beleza com uma década de desconto... e vamos deixar o termo “balzaquiana” enterrado de vez, certo?

E viva os “novos trinta”!

Nel Araujo.

Um comentário:

  1. Adorei!!! Ainda não cheguei aos trinta, mas saber que podem ser os 20!!!! deixa-me muito feliz!

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